Saúde
Novo teste do PSA melhora a detecção do câncer de próstata
Recebi da Dra. Sonia Ferraz de Andrade
Autor: Dr. Will Boggs
Publicado em 03/25/2010
De acordo com um trabalho do Journal of Urology, o teste da isoforma-(-2) da proenzima antígeno prostático específico (p2PSA) é mais preciso do que o teste PSA padrão na diferenciação entre câncer de próstata e doença benigna.
“Pode haver em breve um teste sanguíneo comercialmente disponível para a triagem do câncer de próstata que seja mais preciso do que o que nós dispomos no momento”, o Dr. William J. Catalona, da Northwestern University, em Chicago, declarou à Reuters Health por e-mail.
O Dr. Catalona e colaboradores avaliaram o valor do p2PSA e o índice de saúde prostática (phi) Beckman Coulter, que combina PSA, PSA livre e p2PSA, na detecção do câncer de próstata em 63 homens submetidos à biópsia prostática devido por conta de PSA total entre 2,5 e 10 ng/mL.
Todos apresentavam achados benignos no toque retal, mas 41% tinham câncer de próstata à biópsia, com um escore de Gleason de 6 ou 7.
O PSA total não diferiu significativamente entre homens com biópsias positivas e negativas, mas os homens diagnosticados com câncer de próstata apresentaram uma percentagem mediana significativamente mais baixa de PSA livre e uma percentagem mediana mais alta de p2PSA.
O trabalho mostra que a percentagem de biópsias positivas aumentou de forma contínua com o aumento na percentagem dos tercis do p2PSA.
As percentagens de PSA livre, p2PSA e do índice de saúde prostática Beckman Coulter apresentaram características de desempenho mais favoráveis do que o PSA total apenas, observam os pesquisadores, e a percentagem do p2PSA superou a percentagem do PSA livre e do PSA total quando o nível de sensibilidade foi determinado em 88,5%.
O escore do índice de saúde prostática Beckman Coulter melhorou o desempenho diagnóstico em uma dimensão maior do que outros parâmetros examinados.
“Devido ao pequeno tamanho da amostra de homens submetidos à biópsia de próstata, esses resultados promissores irão, por fim, exigir validação em populações maiores”, afirmaram os pesquisadores.
“Se confirmados, nossos resultados sugerem que o p2PSA somente ou em combinação com o PSA total e o PSA livre podem ajudar a reduzir biópsias desnecessárias, visto que apenas 12% das biópsias foram positivas em uma porcentagem de p2PSA inferior a 1,36%.
J Urol 2010;183:1355-1359
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