Muitas mães (e alguns pais) que sofrem de câncer da mama, justificadamente preocupadas com a genética do câncer, se perguntam o que podem fazer para reduzir o risco de que suas filhas também tenham câncer da mama. Uma pesquisa recente revela que limitar o consumo de bebidas alcoólicas produz o efeito desejado. Dado o crescimento do consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes, os dados dessa pesquisa são alarmantes. Entre adolescentes com histórico de câncer da mama na família, há uma associação clara e significativa entre o consumo de álcool e o risco de câncer da mama, ainda que o tipo do câncer não seja dos mais agressivos - ainda. Doenças benignas da mama, caracterizadas por nódulos e/ou dores é um conhecido fator de risco para o câncer da mama. Esses são os primeiros resultados de uma pesquisa conduzida no Brigham & Women's Hospital e no Harvard Medical School em Boston, dirigida pela Dra. Catherine Berkey, uma bioestatística.
O risco genético foi dado por ter mãe, tia ou avó que têm ou tiveram câncer da mama. Nesse grupo, o consumo de bebidas alcoólicas se correlacionava com ter aquelas formas de problemas na mama que, mesmo sendo benignas, aumentavam o risco da adolescente vir a padecer, posteriormente, de um câncer da mama.
Esses resultados encontram apoio em inúmeras pesquisas que mostram que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de vir a desenvolver um câncer da mama.
A influência da genética se revelou no fato de que mulheres jovens ou adolescentes com mães ou tias com câncer da mama tinham um risco de desenvolver uma forma benigna que era mais do que o dobro do risco das que não tinham histórico deste câncer nas mulheres da família.
Fonte: CANCER, Novembro de 2011
Glaucio Soares IESP/UERJ