Os diabéticos vivem menos, perdem anos de vida. Computando as causas de morte de milhares de diabéticos, subtraindo a idade no momento de morrer dos anos vividos por uma pessoa sem diabete, podemos ver que a maioria dos anos perdidos é por problemas cardiovasculares, mas nada menos do que 40% desses anos não vividos se devem a outras causas, inclusive dez por cento devidas ao aumento de vários tipos de câncer.
Muitos cânceres estão correlacionados com a diabete. Uma meta-análise de 14 estudos revela que os diabéticos têm um risco de câncer do cólon que é 38% mais alto ao passo que o risco de câncer do reto é 20% mais alto. Essa associação com o câncer persistiu mesmo controlando outros fatores usualmente associados com o diabete, como obesidade, atividade física, assim como ser ou não fumante.
O diabete aumenta o risco de ter o câncer e de morrer dele.
Um banco de dados com mais de 123 mil mortes num total de 821 mil pessoas mostra os fatores de risco usuais – fumar, o índice de massa corporal, o sexo etc. o diabete aumenta o risco de morrer de qualquer causa em 80%, de morrer de câncer em 25%, de causas cardiovasculares em 132% e de outras causas em 73%.
Que outras causas?
Doenças renais, do fígado, pneumonia e outras, inclusive suicídio. Os diabéticos têm um risco moderadamente mais alto de morrer de câncer do pâncreas, do fígado, do ovário, do pulmão, da mama, da bexiga, além dos já mencionados.
Na média, uma pessoa de cinquenta anos sem outra doença, mas com diabete, morrerá seis anos antes do que outra pessoa igual em tudo, mas não diabética.
É, realmente, muito importante evitar o diabete tipo II (o tipo I é genético), cuidar da dieta e dos exercícios. Desleixar nessa área piora a qualidade da vida e aumenta muito o risco de morte.
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ