Saiba como prevenir e tratar as principais doenças tropicais
Saúde

Saiba como prevenir e tratar as principais doenças tropicais


Cólera

Contágio: Através da ingestão de água contaminada por fezes ou vômito de portador da doença. Ocorre ainda pelo consumo de alimentos contaminados.
Prevenção: A principal forma de evitar a doença é a ampliação do sistema sanitário. Na ausência de tratamento adequado, é preciso ferver ou clorar a água e lavar muito bem os alimentos crus.
Tratamento: Em casos de contaminação, é importante que se inicie a hidratação o mais rápido possível, por via oral e endovenosa (aplicação na veia). O tratamento consiste no uso de antibióticos, que matam a bactéria. As vacinas existentes têm baixa eficácia e a imunização é pouco duradoura.

Dengue

Contágio: Através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.
Prevenção: Combater os focos de criação do mosquito transmissor da doença, principalmente a água que fica parada em recipientes como copos plásticos, pneus velhos, vasos de plantas etc.
Tratamento: O tratamento é sintomático, principalmente com remédios à base de dipirona e paracetamol. Não devem ser utilizados medicamentos à base de ácido acetilsalicílico. Deve-se ingerir bastante líquido. Não existem vacinas contra a dengue. 

Doença de Chagas

Contágio: Através do contato das fezes do Trypanossoma Cruzi (ou "barbeiro") com a pele ferida ou com a mucosa do olho. Ou, ainda, pela ingestão de alimentos contaminados. A transmissão pode ocorrer também pela transfusão de sangue ou transplante de órgãos de portadores da doença.
Prevenção: Usar telas, repelentes e mosquiteiros nas residências. Lavar bem os alimentos antes de consumi-los.
Tratamento: O remédio Benzonidazol é fornecido gratuitamente pelas Secretarias Estaduais de Saúde. O tratamento dura em média 60 dias.

Esquistossomose

Contágio: Os ovos do verme são eliminados pelas fezes humanas. Em contato com a água, os ovos liberam larvas que infectam caramujos hospedeiros de água doce. Após quatro semanas, as larvas ficam livres nas águas. O contágio se dá quando o ser humano consome a água contaminada.
Prevenção: Evitar o contato com águas contaminadas pelos caramujos hospedeiros. Não existem vacinas contra a esquistossomose.
Tratamento: Remédios à base de Praziquantel e Oxamniquine. Em casos mais graves, o tratamento requer internação hospitalar e intervenção cirúrgica.

Febre amarela

Contágio: Através da picada dos mosquitos transmissores infectados.
Prevenção: A vacinação é gratuita e está disponível nos postos de saúde. É administrada em dose única a partir dos nove meses de idade e tem validade de 10 anos. Em casos de viagens para áreas de risco de transmissão da doença, a vacina deve ser aplicada com 10 dias de antecedência.
Tratamento: O tratamento é sintomático. O paciente deve permanecer em repouso e, quando necessário, repor líquidos. Não existe remédio.

Hanseníase

Contágio: Causado pelo contato com o bacilo Mycobacterium leprae, através das vias respiratórias (secreções nasais, tosse e espirro).
Prevenção: A prevenção baseia-se no diagnóstico precoce e na aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio do portador da doença.
Tratamento: A hanseníase tem cura. O tratamento está disponível nos serviços públicos de saúde e combina três medicamentos (rifampicina, dapsona e clofazimina): a poliquimioterapia.

Leishmaniose

Contágio: Através da picada das fêmeas de Flebotomíneos infectadas.
Prevenção: Usar mosquiteiros e repelentes, evitar a exposição nos horários de maior atividade do vetor, como noite e crepúsculo, e limpar quintais e terrenos, eventuais criadouros do mosquito.
Tratamento: Os postos de saúde oferecem tratamento gratuito para a doença. Os remédios indicados são à base de antimônio, além de repouso e boa alimentação.

Malária

Contágio: Através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium.
Prevenção: Usar repelentes, mosquiteiros e telas em portas e janelas. Eliminar eventuais focos de reprodução do Anopheles por meio de inseticidas.
Tratamento: Remédios à base de quinina. Nos últimos anos, algumas cepas de parasitas se tornaram resistentes a essa droga. Não existem vacinas contra a malária.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/93/artigo205591-1.asp

OBS: A automedicação, prática de ingerir medicamentos por conta e risco próprio sem acompanhamento médico, apresenta grandes riscos. Portanto ao apresentar qualquer sintoma procure auxílio médico. Evite o risco de ingerir medicação errada e/ou desnecessária, exposição a efeitos colaterais de medicamentos, diagnóstico tardio de doenças mais graves e gasto financeiro desnecessário. Apenas o médico está habilitado a prescrever medicações. Alguns suplementos alimentares e fitoterápicos podem ser prescritos por nutricionistas.



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