Saúde
Seu bebê precisa comer TUDO, desde o começo da alimentação complementar
Abaixo um texto do meu amigo Flavio Melo (médico pediatra, super conceituado) sobre alimentação complementar. O tema é interessante porque durante muitos anos restringiu-se a introdução de alimentos sabidamente alergênicos na alimentação da criança. Acreditava-se que a introdução deveria ocorrer somente após os 2 anos de idade. Essa semana um novo estudo veio mostrar que pelo fato do sistema imunológico começar a ficar mais ativo por volta do 5º ao 7º mês, o momento ideal para a introdução desses alérgenos é nessa fase. Vale a pena ler o texto.
Dr. Frederico Lobo
Seu bebê precisa comer TUDO, desde o começo da alimentação complementarO mais difícil da medicina de hoje é ser atualizado. Precisa de muito estudo, dedicação e estar ligado no mar de informações que se renova todos os dias.
Ontem estava navegando nesse mar e um editorial do New England Journal me chamou a atenção.
Era sobre o estudo EAT, que busca demonstrar a incidência de alergias alimentares, em rota crescente, de acordo com o momento da introdução de alimentos alergênicos para o bebê.
Há alguns anos, recomendávamos que deveria ser evitada ou postergada a introdução precoce de ovo (só podia a gema...), peixe, amendoim, leite de vaca e derivados, para bebês que iriam iniciar a transição do aleitamento materno exclusivo, para os alimentos sólidos.
A partir do estudo LEAP, onde se verificou que a introdução precoce de amendoim para os pacientes com alto risco de alergia, diminui substancialmente seu risco posterior de desenvolver alergia, o conceito mudou radicalmente.
E esse estudo publicado semana passada, apesar de não mostrar que introduzir antes dos 6 meses os alimentos acima tem um caráter protetor em relação à introdução após os 6 meses, continua sinalizando para essa mudança de paradigma.
Portanto, a mensagem que está sendo passada é a seguinte: provavelmente é bastante benéfico, que desde o início da alimentação complementar, sejam introduzidos todos os alimentos, sem postergações ou restrições, sendo essa prática protetora para o desenvolvimento de alergias alimentares.
Ainda luto no consultório para que as famílias introduzam peixe, ovo inteiro e outros alimentos para seus bebês. Há uma resistência cultural.
Que espero esteja no fim, para o bem da saúde dos seus filhos.
Flávio Melo - Médico Pediatra - CRM 5239/ RQE 3065
Fonte: http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMe1601412
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