Saúde
Uenf terá Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas
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Professora Clareth Reis |
A partir da próxima semana, a UENF passa a contar com um Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), liderado pelos professores Leandro Garcia Pinto e Clareth Reis, ambos do Laboratório de Estudos da Educação e da Linguagem (LEEL) do Centro de Ciências do Homem (CCH). A inauguração está marcada para a próxima segunda-feira, 21/05, às 18h, na Sala de Multimídia do CCH.
O NEABI se insere em uma rede de articulação nacional formada por cerca de 70 núcleos localizados em instituições de ensino superior. A ideia central é atuar no campo do ensino, pesquisa e extensão, com ações voltadas para a promoção da igualdade. Segundo Clareth, o principal objetivo do NEABI/UENF é incentivar os estudos sobre a história das populações negras e indígenas da região.
— Existe um desconhecimento muito grande sobre as nossas origens, e as pessoas não sabem onde procurar estas informações. Por exemplo, muita gente nem sabe de onde surgiu o nome da cidade, muito menos que aqui viviam comunidades indígenas. Outros gostariam de saber mais sobre a história da escravidão e seus descendentes em Campos e região, mas acham isso muito difícil por não encontrar materiais disponíveis — diz.
O apoio da Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) foi fundamental para a implantação do Núcleo. Um projeto com o objetivo de fomentar a montagem de um núcleo de referência para estudos sobre a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no Norte e Noroeste Fluminenses, no LEEL/CCH, foi aprovado pela Faperj no ano passado.
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Professor Leandro Garcia |
— A legislação hoje estabelece que esta temática seja incluída no currículo oficial da rede de ensino, mas as escolas têm enfrentado dificuldade. O NEABI vem contribuir para ampliar os conhecimentos nesta área, ajudando os professores nesta tarefa — afirma a professora.
Dentre os objetivos do Núcleo, também está “fomentar estudos que discutam a originalidade, a particularidade e as peculiaridades das culturas africanas e afro-brasileiras que se desenvolveram no país e as reminiscências da cultura indígena que ainda sobrevivem na atualidade, em especial na região Norte e Noroeste Fluminense”.
— Vamos criar um acervo de documentos, materiais, documentários, entrevistas e resultados de pesquisas realizadas na UENF e em outras instituições. E acima de tudo fazer com que os estudantes da graduação e pós-graduação da Universidade e demais participantes do munícipio possam discutir e se aprofundar no assunto — finalizou a professora.
Letícia BarrosoFúlvia D'Alessandri
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