O médico fisiatra realiza a história clínica, o exame neurológico e musculoesquelético minucioso do paciente, buscando um diagnóstico adequado, pesquisando comorbidades, hábitos e cirurgias prévias que podem causar e agravar o quadro de dor.
Além disso, explora os detalhes do quadro de dor (inicio, duração, frequência, qualidade, intensidade, características, irradiação da dor referida, fatores de piora, fatores de alívio, fatores perpetuantes, sintomas associados).
 Após essa avaliação criteriosa, define-se propostas e metas de tratamento buscando uma melhora da qualidade de vida e funcionalidade.
 Prossegue-se com a avaliação e indicação de determinados medicamentos que podem auxiliar no tratamento da dor miofascial e o momento para a realização de determinados procedimentos. 




Inativação de Pontos-gatilho Miofasciais
>> Infiltração anestésica
Após a identificação dos pontos dolorosos que reproduzem a dor do paciente, prossegue-se com a realização do procedimento minimamente invasivo e eficiente de inativação dos pontos miofasciais.
 Consiste na injeção de anestésico local no ponto gatilho  associada a técnica de agulhamento seco para desfazer o ponto doloroso e a fibrose no músculo. 
Após o procedimento, pode ocorrer "dolorimento" no local da aplicação e equimoses (manchas roxas).  
Esta intervenção torna-se mais eficaz quando seguido de aplicação de calor (compressas mornas) e associado a  exercícios terapêuticos de alongamento dos músculos abordados, de modo complementar ao tratamento. 
No casos crônicos,  a inativação pode ser antecedido pelo bloqueio nervoso paraespinhoso, produzindo alívio rápido da dor  pode  recomenda-se no mínimo 3 - 4 sessões (1x semana).  

>> Agulhamento seco
Consiste numa técnica minimamente invasiva, realizada pelo médico, envolve a inserção de agulhas de liga metálica, de ponta romba (menos lesivas), diretamente nos pontos dolorosos locais, com o objetivo de relaxar as bandas miofasciais tensas, inativando os pontos- gatilho miofasciais, produzindo um twitch (contração súbita) e diminuindo o quadro de dor. 

>> Terapia por Ondas de Choque 
As Ondas de Choque são um tipo de energia mecânica que penetram no tecido lesado e provocam um fenômeno chamado de cavitação,  onde microbolhas se rompem provocando microrupturas no tecido, causando a liberação de substâncias anti-inflamatórias locais e também estimulando um aumento na microcirculação local. Este aumento de circulação local, leva a um processo de alívio da dor, relaxamento muscular, reparação tecidual e até mesmo estimulação óssea da área tratada. 

O tratamento é ambulatorial, realizam-se de 3 a 6 sessões, com intervalo de uma semana entre cada aplicação. São aplicadas 2000 ondas em cada sessão.
As Ondas de Choque são indicadas principalmente quando o quadro é refratário a outros tratamentos e quando a Síndrome Dolorosa Miofascial está associada a processos inflamatórios periarticulares (epicondilite do cotovelo, fasciíte plantar, tendinite calcárea do ombro, pseudoartroses, tendinite aquiles, tendinite patelar, tendinite pata de ganso, bursite trocantérica, pubeite, bursite de ombro, entre outros).

>> Outras modalidades 
Além disso, há outras técnicas para analgesia  e liberação pontos-gatilho, tais como: spray ao longo do comprimento do músculo, terapia manual com pressão nos pontos dolorosos (compressão isquêmica), fricção profunda, uso de TENS, ultrassom, relaxamento, meditação, hipnose, laser, biofeedback, calor local e acupuntura. 
Técnicas que também devem ser seguidas de alongamento muscular específico. 

>> Exercícios Terapêuticos 
Ressalta-se que a prescrição de exercícios no tratamento da dor  musculoesquelética (como a miofascial) é tão importante quanto a prescrição de medicamentos e técnicas para inativar os pontos-gatilho. 
Os procedimentos SEMPRE devem ser seguidos de exercícios com o objetivo de restauração da amplitude do movimento articular, alongamento miotendíneo e fortalecimento muscular. 
Há uma infinidade de modalidades de exercícios que devem ser individualizadas para cada pessoa, entre elas: alongamento domiciliar, Hidroterapia, Pilates, Reeducação Postural Global (RPG), treinamento funcional, entre outros.


Deve-se ainda educar o paciente a remover e evitar os fatores que perpetuam o quadro. 

>> Orientações Nutricionais 
Os casos crônicos podem se beneficiar de seguimento com um profissional especializado em nutrição (nutricionista) para adequar as necessidade calórico- proteicas, micronutrientes e macronutrientes, promovendo um ambiente nutricional adequado para a reabilitação muscular. Lembre-se "você é o que você come".
>> Psicoterapia
O seguimento e suporte psicoterápico é fundamental para auxiliar o paciente a assumir uma postura ativa durante o tratamento, para aprender a manejar os sintomas ansiosos e depressivos, para desenvolver estratégias de enfrentamento da dor crônica - ajudando o paciente a encarar as dificuldades emocionais, sociais e físicas que a dor crônica impõe. 


Por fim, o diagnóstico e o tratamento para a dor miofascial devem ser realizados o mais precocemente possível, evitando a cronificação e o sofrimento prolongado, Prevenindo a recorrência, ouvindo o nosso corpo, atentos às posturas que adotamos durante o dia, fazendo exercícios regularmente e aprendendo a lidar  com fatores de estresse. 
FONTE FIGURAS: Travel e Simonns

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Dra Maike Heerdt 

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