Consumo de café e a função hepática
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Consumo de café e a função hepática



O café é um daqueles alimentos, se é que lhe podemos chamar isso, que se odeia ou se adora. A verdade é que não são poucos os trabalhos a surgir um efeito protector aos mais diversos níveis, mas que na verdade não se deverá à cafeína mas sim a outros componentes presentes no café, como o ácido clorogénico por exemplo. Um desses efeitos positivos parece ser a nível do fígado, associando-o a uma redução de indicadores da função hepática, como as enzimas ALT, AST, ALP, e GGT, efeito este verificado tanto para o café como para o descafeinado. Estes são os resultados de um estudo agora publicado na revista Hepatology [REF],

Se consideramos o elevado teor de polifenois antioxidantes presentes no café, não é estranho que de facto exista uma relação causal entre o seu consumo e a função hepática de desintoxicação. No entanto, não posso deixar de sublinhar que se trata de mais um estudo de correlação, e que associação não implica causalidade por mais que tente polir a coisa. Por exemplo, o maior consumo de café também pode estar associado a um menor consumo de refrigerantes e álcool. O que será protector? Consumir mais café ou menos tóxicos? Impossível saber em estudos deste tipo, mesmo existindo uma plausibilidade biológica por detrás. Mas a verdade é que no enquadramento da dieta pobre e triste do Mundo Moderno, é das principais fontes de antioxidantes  que temos de uma forma consistente. Vamos retirar? Bem... Depende do caso, e do contexto.

Existe uma grande controvérsia relativamente ao consumo de café nos dias que correm, com alguns estudos a sugerir um efeito benéfico e outros a atestar os seus malefícios. Um bom exemplo da forma errada como se tem comunicado a ciência da nutrição, uma área tão exposta ao sensacionalismo e às manchetes sonantes que vendem revistas. Hoje os ovos fazem mal ao coração. Amanhã aumentam o HDL-c e reduzem o risco cardiovascular. O café ontem aumentava o risco de diabetes, hoje reduz a incidência e ainda protege o fígado. Qual dos estudos está errado? Provavelmente nenhum... Tudo depende de como interpretamos os resultados. A ciência gera dados, e nós interpretamos, com os nossos preconceitos e crenças. 



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