A curcumina (curcumin), condimento derivado da cúrcuma (turmeric), muito usada na Índia, já foi objeto de pesquisas que sublinhavam suas virtudes medicinais. Ela tem um efeito anti-inflamatório e antioxidante. Uma de suas características positivas é dificultar a criação de novas células sanguíneas em tumores cancerosos. Num estudo recente, a cúrcuma dificulta a metástase.
O câncer da próstata pode passar desapercebido até já estar metastizado, quando as chances de cura vão para o espaço. Embora a metástase não signifique uma sentença de morte, as mortes provocada por esse câncer quase sempre passam pela metástase. Pesquisadores da Ludwig-Maximilians University em Munique, demonstraram que inflamações crônicas são um sério fator de risco no desenvolvimento do câncer da próstata. Uma pesquisa, liderada por Beatrice Bachmeier, PhD, estuda como a cúrcuma e a curcumina dificultam a formação de metástases. A curcumina dá ao curry a sua cor característica.
Ela conclui que a curcumina é útil para a prevenção primaria (ajuda a impedir o aparecimento da doença) e, mesmo quando o câncer já está estabelecido, dificulta a metástase, processo que ela chama de prevenção secundária. Os benefícios talvez sejam mais amplos, porque pesquisa anterior com camundongos (Fase I) mostraram que uma dieta que incluía esta espécie reduzia a metástase para os pulmões do câncer da mama.
Parece que ela dificulta a formação de dois citokinos (CXCL1 e CXCL2) que estimulam as inflamações.
Uma dieta que inclua oito gramas de curcumina por dia é considerada segura, sem efeitos secundários. Há problemas de absorção com a curcumina e parte do seu potencial é perdido.
Pesquisadores do Jefferson’s Kimmel Cancer Center sugerem que pacientes que, como eu, estão seguindo uma terapia antihormonal (no meu caso, com Lupron) a curcumina aumenta o efeito do tratamento e, quando o efeito desaparece, continua reduzindo o avanço do câncer. Essa pesquisa está em estado inicial.
GLÁUCIO ARY DILLON SOARES IESP-UERJ