Hoje li um artigo sobre um paciente que exatamente dez anos atrás descobriu que tinha câncer de próstata. Segundo o paciente, a informação provavelmente salvou a vida dele, um residente do Estado de Arizona, onde 4.300 homens descobrem anualmente que têm câncer de próstata e perto de 700 morrem deste câncer, ou 16%, um em cada seis. Muitos deles poderiam ser salvos.
Há dez anos que o PSA dele permanece indetectável. Os médicos sugeriram, brincando, que ele buscasse algo mais para morrer porque não seria de câncer de próstata.
É uma estória interessante. Nem um câncer de próstata na família (diferente de mim, que tive vários), mas o médico insistiu em começar exames de toque retal quando o paciente estava com 50 anos. Em 1994, a próstata estava um pouco grande. Ele fez a primeira biópsia, desagradável como todas, mas negativa. No ano, seguinte, 1995, outra biópsia negativa. Pulou 1996, mas em 1997, mesmo sem PSA alto o urólogo pediu uma porque a próstata estava grande, maior do que deveria. Deu positivo. O tumor era pequeno e não tinha saído.
O paciente, prudentemente, passou duas ou três semanas se informando para decidir qual o tratamento a seguir. O urólogo não pressionou por um tratamento, mencionando os comuns - cirurgia, radiação, implantes radiativos etc. O paciente leu meia dúzia de livros e fez consultas com outros dois urólogos. Todos recomendaram cirurgia porque poderia curar o paciente, uma vez que o câncer não tenha escapado da próstata. O radiólogo também recomendou a cirurgia. O paciente foi operado quatro meses mais tarde, em maio.
Infelizmente, como ele conta, já perdeu alguns amigos e colegas para esse câncer. Em todos os casos de morte, o diagnóstico só foi feito quando o câncer estava muito avançado.
A lição é clara: exames anuais, inclusive PSA e toques retais, salvam vidas.
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