Os carboidratos são responsáveis pelo fornecimento de energia e são classificados como “simples” (açúcar, mel, doces) ou “complexos” (pão, farinha, batata, arroz).
Todos os tipos de carboidratos, ao serem digeridos, transformam-se em glicose para serem aproveitados como energia.
O Índice Glicêmico é um fator que diferencia os carboidratos, ou seja, sinaliza a forma como o carboidrato é digerido, absorvido e utilizado. Este índice está relacionado com o nível de açúcar no sangue. Toda vez que ingerimos carboidratos, estes entram na corrente sangüínea com diferentes velocidades. Com isso, podemos classificá-los de acordo com a velocidade com que entram no sangue.
Se você ingere comidas com IG alto, o corpo lança grandes quantidades de insulina para tentar manter os níveis de açúcar. A insulina é um hormônio que tem o poder de levar o açúcar para dentro dos músculos na forma de glicogênio, mas estes depósitos têm uma capacidade limitada, o que faz com que todo o excesso de glicose no sangue seja convertido e armazenados na forma de gordura.
Alimentos que afetam pouco a resposta de insulina no sangue são chamadas de baixo valor glicêmico, e os que têm descarga alta, de alto valor glicêmico.
Uma alimentação de alto I.G começa a adquirir resistência à insulina. Isso porque seu corpo começa a produzir uma quantidade maior de insulina.
Estes fatores, claramente, têm importante papel na prevenção e no tratamento das doenças crônicas como obesidade, diabetes, doenças cardíacas e até alguns tipos de cânceres.
Para manutenção da glicemia, o organismo utiliza-se de alguns mecanismos reguladores. A ingestão de alimentos com alto índice glicêmico altera esse mecanismo de homeostase (Mecanismo Regulador).
Na primeira hora depois de uma refeição de alto índice glicêmico (início do período pós-prandial), a concentração de glicose pode ser o dobro da encontrada após uma refeição de baixo índice glicêmico, com os mesmos nutrientes e com mesma quantidade de calorias.
Esta resposta parece ser ainda mais pronunciada e evidente em obesos. Este dado nos leva a considerar a prescrição de dietas de baixo índice glicêmico, ainda mais se considerarmos o efeito rebote da fome.
Estudos demonstram que:• A resposta glicêmica/insulinemica à refeições com alto índice glicêmico, leva a uma maior deposição de gordura.
• 99% dos estudos comprovam uma menor sensação de saciedade e uma intensificação da fome em dietas de alto índice glicêmico.
• Em mulheres obesas houve uma perda de peso significantemente maior no grupo que seguiu dieta de baixo índice glicêmico.
• Estudos em gestantes também evidenciam menor ganho de peso com dietas de baixo índice glicêmico.
É interessante notar que até o final da década de 80 a gordura era apontada como grande vilã da dieta e uma das grandes responsáveis pelo aumento da prevalência de obesidade.
Os estudos demonstram que, nos últimos anos, houve diminuição do consumo de gordura e aumento do consumo de carboidratos refinados, que tendem a ser mais rapidamente absorvidos.
As recomendações dietéticas atuais não devem focar-se apenas na diminuição do consumo de gordura, mas na escolha do tipo de gordura e tipo de carboidrato.
Os alimentos de baixo índice glicêmico são mais ricos em fibras e uma das teorias atesta que as fibras – sobretudo as fibras solúveis – favorecem uma maior distenção gástrica induzindo a sensação de saciedade.
Dietas de baixo índice glicêmico podem ser uma alternativa não só para obesos mas também para portadores de outras doenças crônico-degenerativas. Pode até ser uma recomendação de alimentação saudável para a população em geral.
O conceito de índice glicêmico é uma ferramenta para promoção de uma alimentação saudável. Acreditamos que a aplicação destes conceitos pode ser bem simples.
Contar Calorias Inteligentes é uma sugestão que favorece a manutenção de um peso saudável, da saúde e a prevenção de doenças crônicas!
Fonte: aqui
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