Em Jirau, após a ordem policial, tiveram 10 minutos para abandonar o canteiro de obras. Muitos não conseguiram nem pegar seus documentos. Felizmente, em 20.março.2011 (domingo) o MPT - Ministério Público do Trabalho - indiciou a Camargo Corrêa para que providenciasse o retorno dos trabalhadores contratados de outros estados.
O retorno dos trabalhadores foi iniciado assim que os responsáveis pelas empresas construtoras foram intimados da decisão judicial. Um contingente composto por 8 mil trabalhadores. Do total de 22 mil contratados na obra, os demais pertencem oa estado de Rondônia.
O retorno dos trabalhadores às suas cidades de origens deveu-se a uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da 14ª região.
Procuradores do Trabalho da sede regional do MPT em Rondônia obtiveram na Justiça do Trabalho uma liminar que determinou às empresas responsáveis pela construção da usina providenciar o deslocamento dos operários, com a garantia do emprego a cada um que manifestar interesse em continuar trabalhando para as construtoras
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Conflito em Jirau - Trabalhadores acampados em Porto Velho, se acomodaram como deu, enquanto aguardavam decisão para retornar às suas cidades |
Em nota anterior, publicada pelo O Globo, a Camargo Corrêa continuava divulgando sua versão "não sei o que promoveu o tumulto" e assegurou que os trabalhadores já estavam todos encaminhados! Enquanto isso, eles - os trabalhadores - amargavam um ginásio do Sesi abafado, estirados no chão em alguns colchões cedidos, sem higiene.
A população de Porto Velho, bem como Nova-Mutum Paraná e Jaci Paraná, assustada com a "invasão" temia saques e violência o que, graças a Deus, não aconteceu.
Eita, Brasil!Nossos trabalhadores são gente boa. O que reivindicam é o cumprimento do que foi contratado por ocasião do recrutamento; lá, as promessas foram umas e, quando chegaram no canteiro, a história foi outra. Além do tratamento humilhante a que estão expostos há anos.
Fico consternada em saber que a grande mídia ainda se satisfaz ouvindo apenas a versão dos donos das empresas para publicar matérias assim importantes.
O movimento em Jirau foi o marco mais importante de trabalhadores que, mesmo longe de todos os holofotes, em meio a um trabalho estafante, conseguiram se fazer ouvir. Esperamos que a Camargo Corrêa (Jirau) e a Odebrecht (Santo Antonio) consigam melhorar a maneira como tratam seu efetivo, sem o que as obras não irão para frente.
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Jirau - Ao ser dada a ordem para evacuar em 10 minutos o canteiro de obras, polícia foi acionada para organizar a saída |
Torço, também, para que um sindicato eficaz possa representar efetivamente os milhares de contratados que formam o efetivo da maior obra do PAC na atualidade.
A história oficial? Quem está realmente interessado na verdade, tem de procurar em outros fóruns, que não os mega meios de comunicação, sempre a favor dos proprietários dos gigantescos empreendimentos.
O mais importante é que os olhos nacionais e internacionais continuem voltados para essas milhares de pessoas que, no interior da floresta devastada, quase sempre ficam esquecidos.
UHE (Usina Hidrelétrica) Santo Antonio retornou às atividades. Jirau está em fase de reconstrução de seus alojamentos.
PAZ PARA TODOS!
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Santo Antônio retomou atividades na terça (22). Jirau deve passar por reconstrução do canteiro - alojamentos, refeitório e farmácia |
O Ministério Público do Trabalho, em conjunto com os demais órgãos fiscalizadores do Estado apura as informações recebidas e investiga as condições de trabalho que a empresa tem para oferecer depois do incidente.
Desde a terça-feira (15) os procuradores do Trabalho da regional do MPT em Porto Velho atuam em conjunto para defender os direitos trabalhistas e as garantias constitucionais asseguradas aos trabalhadores que constroem a usina de Jirau.
Assessor de Comunicação Social e RP
Ministério Público do Trabalho (MPT)
14ª Região – Rondônia e Acre
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Jirau e Santo Antônio formam o Completo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondonia. Desde o início, um projeto polêmico, pelo altíssimo índice de desmatamento e degradação ambiental que provoca. É a maior obra do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, iniciado na gestão do governo Lula.
Além da desapropriação da população ribeirinha devido ao alagamento de suas terras; e a relegação das comunidades indígenas que, até agora, não tiveram nenhuma ação que lhes assegure qualquer proteção. |
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