A vitamina K parece combater alguns cânceres porque os que a tomam com freqüência têm risco mais baixo de desenvolverem alguns cânceres, particularmente do pulmão e da próstata.
Como sabem isso?
Estudando mais de 24 mil alemães entre 35 e 64 anos. Avaliaram o consumo de vitaminas K1 e K2 a partir de um questionário sobre a alimentação. Acompanharam todas essas pessoas e verificaram que, em dez anos, 1.755 delas desenvolverem cânceres – do cólon, da mama, da próstata ou do pulmão. Dos 1.755, 458 morreram durante o estudo.
Os participantes com os mais altos níveis de vitamina K2 tinham um risco 28% menor de morte por um ou mais desses cânceres do que o quartil com mais baixos níveis de K2.
Quartís? É. Se alinharmos os participantes de acordo com a quantidade de K2 que consomem e dividimos em quatro partes iguais, cada uma dessas partes é um quartil. Um quartil corresponde a 25% da população. Se alinhamos de cima para baixo, o quartil de cima corresponde aos 25% que mais consomem a vitamina e o de baixo aos 25% que menos consomem.
Claro que há fatores que podem "confundir" os resultados. Sabemos que os que se exercitam têm risco mais baixo de câncer. Os mais velhos têm risco mais alto de câncer da próstata, e assim por diante. Por isso, a influência desses fatores tem que ser "descontada" para ver qual a influência da vitamina K.
No quartil que mais consumia vitamina K2, 1,5% morreram de um daqueles quatro cânceres, ao passo que no quartil que menos consumia, a percentagem foi de 2,5%. É um risco de ter câncer 77% menor. Como os resultados são de dez anos e alguns cânceres demoram muito para se manifestarem, é possível que essas diferenças mudem nos dez anos seguintes aos estudados.
Porém, os quatro tipos de câncer não foram igualmente afetados pelas deficiências no consumo de vitamina K: os cânceres do pulmão e da próstata foram bem mais afetados do que os demais. Comparando os quartís mais alto e mais baixo, os números são impressionantes: 65 casos no grupo mais alto contra 111 no mais baixo.
Não obstante, o leitor não deve sair consumindo vitamina K à torto e à direita. Cuidado. A vitamina K "engrossa" o sangue e aumenta o tempo de coagulação. Age contra os efeitos dos medicamentos anticoagulantes como Marevan etc. Consumir, sim, mas de olho no TAP, na taxa de coagulação.
A vitamina K1, chamada de filoquinona, se encontra em vegetais verdes e com folhas e em alguns óleos, como o de soja. Já a K2, chamada de menaquinona, se encontra em carnes e queijos, de preferência não gordurosos.
Acompanhe as notícias deste tipo.