Um padrão primário é uma substância suficientemente pura (grau de pureza aceitável) para que se possa preparar uma solução padrão por pesagem direta das substâncias solubilizadas com solvente adequado e diluição até um determinado volume de solução. Um padrão-primário deverá ser 99, 9% puro ou mais. São os seguintes os requisitos principais exigidos de um padrão primário:
- a substância deve ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e conservação;
- não pode ser volátil;
- as impurezas devem ser facilmente identificáveis com ensaios qualitativos de sensibilidade conhecida;
- a substância não deve ser higroscópica (absorver umidade do ambiente) ou eflorescente;
- deve ser bastante solúvel.
Um padrão secundário é uma substância que pode ser usada nas padronizações e cujo teor ativo (concentração) foi determinado por comparação contra um padrão primário. Em outras palavras, uma solução padrão secundário é aquela em que a concentração do soluto dissolvido não foi determinada por pesagem direta da substância dissolvida, mas pela titulação com uma solução padrão primário. A sua concentração é encontrada comparando com a solução de padrão primário, ou seja, titulando ou dosando.
Quando o reagente não é padrão primário (por exemplo, o ácido clorídrico, os hidróxidos alcalinos e de amônio, o permanganato de potássio, etc.) a preparação direta da solução não é possível. Recorre-se, então, à técnica indireta, que consiste em preparar, inicialmente, uma solução com concentração aproximada à desejada e, depois, padronizá-la, isto é, determinar com exatidão o sei título em relação a um padrão primário adequado ou com referência a uma outra solução padrão.
Fonte
- Análise Química Quantitativa. Harris, Daniel C. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
- http://www.infoescola.com/quimica/substancias-e-solucoes-padroes/
- http://www.pucrs.br/quimica/mateus/geralexp.htm