Saúde
A importância do tempo até a “volta do PSA” (fracasso ou recorrência bioquímica)
Claro que a volta do PSA aumenta uma série de riscos em comparação com as pessoas com o PSA indetectável. A pergunta que os pesquisadores tentaram responder é se o tempo até o PSA reaparecer tem algum impacto no risco de metástase e de morte.
Amostra: todos os pacientes receberam prostatectomia radical entre 1989 e 2003. A data da cirurgia nos Estados Unidos, passou a entrar nos prognósticos depois que se descobriu que as mais antigas tinham piores resultados. A volta do PSA foi definida a partir de 0.2 ng/ml. Os que fizeram terapias adjuvantes (hormonal ou químio) ficaram de fora.
Duzentos pacientes com uma idade média de 60,2 anos entraram na pesquisa e foram acompanhados durante quase dez anos, na mediana, sendo que um mínimo de cinco era exigido. Eram heterogêneos, uma desvantagem. 74% estavam no estágio igual ou menor do que T1c, o Gleason da biópsia era igual ou inferior a 6 em 64% dos casos (meu caso) , havia extensão para fora da cápsula prostática em 56% das amostras; metade dos pacientes receberam tratamento hormonal antes da metástase e 32% receberam a radioterapia “de salvação”que deveria ser chamada de último recurso. E o PSA? O PSA era igual ou maior do que 10 em 70% dos casos. O número limitado de pacientes não permitia o cruzamento simultâneo de todas essas variáveis. Nessa população reduzida a análise univariata não associou muitos fatores com o risco de morte.
O tempo até a volta do PSA tem um efeito maroto sobre a probabilidade de morte: se o PSA reaparecia durante o primeiro ano, aumentava o risco de desenvolver metástases em 36%. Se tem que voltar, é melhor voltar mais tarde. Muito interessante (e bom) é o fato de que na metade dos pacientes que fizeram tratamento hormonal antes da metástase, somente 15% dos pacientes com a volta do PSA depois da prostatectomia desenvolveram metástases, o que fala a favor da terapia hormonal.
Mesmo nessa população de alto risco, a mortalidade geral, de todas as causas, foi de 5% no período e a mortalidade específica devida ao câncer da próstata foi de apenas 1,5%. Claro, com a continuação do acompanhamento, mais pacientes morrerão tanto de mortalidade geral como de mortalidade específica,
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