Saúde
A Vitamina D
A prevenção dos cânceres é possível, mas o conjunto de medidas preventivas varia de câncer para câncer. Não obstante, algumas reduzem o risco de um conjunto de cânceres e de outros tipos de doença também. Manter níveis adequados de vitamina D é uma delas. Mantê-los reduz o risco de câncer da mama. A que nível? 400 IU apenas reduzem o risco em 26%. Por ser epidemiológico, não é possível concluir taxativamente que níveis adequados de vitamina D (tal qual definidos) reduzem o risco de câncer da mama.
Porém, há um conjunto de evidências que confirma essa relação: em 2005, uma meta-análise, que é um procedimento que integra diversas pesquisas, revelou que em 9 de 13 estudos níveis “adequados” de vitamina D reduziam o risco do câncer da mama, tanto da incidência (ter o câncer), quanto da mortalidade (morrer dele). Essa meta-análise também concluiu que manter níveis adequados de vitamina D reduziam o risco de câncer da próstata e do cólon.
Como? A que níveis?
Outra pesquisa, de 2007, conclui que há benefícios em níveis mais elevados: 1.100 IU, em combinação com cálcio (1.400 a 1.500 miligramas diárias). A pesquisa teve dois grupos controle: o placebo de sempre e outro que só recebeu cálcio. A duração da pesquisa foi de 4 anos. Houve um resultado negativo: sozinho, o suplemento de cálcio não produziu melhores resultados do que o placebo. Contudo, em interação com a vitamina D, produzia excelentes resultados: uma redução no risco de câncer de 77%!!! Sabemos que o cálcio, isoladamente, não basta, mas não sabemos se a vitamina D, isoladamente, basta...
Essas pesquisas foram limitadas e acadêmicas, porque os ganhos financeiros da indústria farmacêutica com dois ingredientes baratos como cálcio e vitamina D são pequenos.
Essa é uma contradição a que temos voltado: muitas vezes, os interesses da “Big Pharma” excluem pesquisas com produtos baratos, inclusive os abundantes na natureza. Meia hora a uma hora de sol por dia em boa parte do corpo proporcionam a necessária vitamina D e é de graça...
Este artigo foi inspirado por idéias de um médico inglês, John Briffa, que mantém um website – Drbriffa.com. Não é um site oncológico.
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