A notícia que li falava da obtenção de fundos para uma empresa que divulgou alguns resultados a respeito de um medicamento anticâncer, a Aragon Pharmaceuticals. Os investidores arriscaram cinquenta milhões de dólares nela. Ela está testando um medicamento, ARN-509, e começou uma pesquisa fase II com pacientes que já não respondem ao tratamento antihormonal. Os cem pacientes de que precisavam já se apresentaram.
Os dados que já distribuíram mostram que 9 em dez pacientes tiveram uma queda significativa no PSA depois de doze semanas de tratamento. Um terço deles já tinham sido tratados com Zytiga, tiveram a melhoria esperada, mas o câncer voltou a avançar. Mesmo entre esses pacientes, o PSA baixou.
Os fabricantes pensam em um medicamento a ser aplicado conjuntamente com o Zytiga. Por razões de aprovação por parte da FDA, os novos medicamentos usualmente são postos à prova com pacientes com câncer muito avançado. O uso é, frequentemente, sequencial – um depois do outro – e não simultâneo, mas é o uso simultâneo de vários medicamentos, chamado às vezes de combo, que tem conduzido a melhores resultado no tratamento de alguns canceres e da AIDS.
São vários os tratamentos que provaram que reduzem o PSA, freiam o avanço do câncer, reduzem a dor e aumentam a qualidade da vida, mas o câncer continua incurável. Há novos medicamentos sendo testados, mantendo alta a nossa esperança.
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ