Xofigo é marca registrada, baseada em rádio (radium 223 dichloride). Passou a ser usado em mais um centro de tratamento, a Holy Name Medical Center's Cancer Center. Em maio de 2013 esse tratamento foi aprovado pela FDA. A FDA não aprova tratamentos para todos os pacientes, mas apenas para alguns subtipos, nos quais o tratamento foi testado - e deu bons resultados – e que seja recomendado por especialistas.
Os pacientes com câncer da próstata são subdivididos em grupos (como os que ainda não fizeram quimioterapia, os que fizeram tratamento hormonal e já não respondem a esse tratamento, e assim por diante). O que é aconselhável num grupo pode não sê-lo em outro. Xofigo se aplica ao grupo de pacientes com metástase óssea (usualmente muito dolorosas) que já não respondem bem ao tratamento hormonal, quando o câncer é chamado de resistente à castração (no caso, castração química). Nesse grupo, o prognóstico se associa com vários fatores, como a existência de dores ósseas, o grau de danos visíveis nas imagens ósseas, e o nível de fosfatase alcalina no sangue.
Mais cedo ou mais tarde, as metástases ósseas afligem aproximadamente noventa por cento dos pacientes dos pacientes que já não respondem ao tratamento hormonal. Provocam dores, fraturas patológicas, comprimem a coluna vertebral e afetam a medula óssea, vulgarmente chamada de tutano dos ossos. Por isso, é muito importante combater o estrago causado pelo câncer nos ossos.
Xofigo é aplicado através de seis injeções endovenosas, um por mês. Emite baixos níveis de radiação de partículas alfa.
O que é que Xofigo faz? Melhora a qualidade da vida (muito, em alguns casos), reduz a dor, aumenta a sobrevivência e tem a virtude de produzir efeitos colaterais toleráveis em pacientes que já não respondem ao tratamento hormonal. Em vários outros tipos de pacientes o uso de Xofigo não faz sentido.
O ganho em sobrevivência é limitado: numa pesquisa com 921 homens a sobrevivência média foi de 14,9 meses no grupo Xofigo e 11,3 meses no grupo controle. O principal benefício de Xofigo não é o aumento na sobrevivência, mas a melhoria na qualidade da vida. É importante ter em mente que esses pacientes estão com canceres muito avançados e que muitos são idosos.
Saiba mais: http://www.digitaljournal.com/pr/1504034#ixzz2gqzsTa1y
GLÁUCIO SOARES IESP/UERJ