Raiva e ódio fazem mal a quem os sente!
A raiva pode rebentar o seu coração - não no sentido figurativo, mas de fato. Vários estudos feitos em diferentes faculdades, inclusive a Harvard Medical School. Estudaram 1.305 homens (média de 62 anos de idade). Os mais raivosos tinham um risco três vezes mais elevado de desenvolver doenças cardíacas do que os menos agressivos, mais tranqüilos.
Os jovens raivosos pagam um preço alto pelo seu temperamento explosivo. Pesquisadores da Johns Hopkins School of Medicine acompanharam 1.055 estudantes durante nada menos do que 36 anos. Os explosivos e agressivos tinham um risco seis vezes mais alto de ter um ataque do coração aos 55 anos e três vezes de ter qualquer tipo de problema cardíaco ou circulatório.São diferenças muito grandes. Veja que a raiva entre jovens é um preditor impressionante da doença cardíaca mais tarde.
Porém, algumas vezes as conseqüências aparecem logo. Uma pesquisa demonstrou que duas horas depois de uma explosão de raiva ou ódio, o risco desses explosivos de sofrer um ataque cardíaco era mais do dobro do que os que permaneceram tranqüilos.
A raiva não afeta apenas o coração. Os pulmões também sofrem. Outro estudo feito em Harvard mostra que os homens que exibiam hostilidade no início da pesquisa tinham funções pulmonares mais danificadas oito anos mais tarde. Rosalind Wright, da Harvard School of Public Health, mostra que as diferenças são grandes.
Tem mais: raiva e ódio levam a descontroles que levam a acidentes. Em Missouri, num estudo de 2.500 pacientes nas emergências, perto de 500 tinham tido uma explosão pouco antes. E quanto maior a raiva, mais alto o risco.
A raiva e o ódio tem gradações. E o caráter raivoso das pessoas pode ser medido, com alguma segurança.
O que fazer? Para começar, consulte um bom médico. Um cardiólogo também. Uma pesquisa mostrou que uma minidose de aspirina por dia (de 81 mg) corta a probabilidade de ataque cardíaco causado pela raiva em 40%.
Nós sabemos quando estamos com raiva, mas nem sempre. Veja se sua respiração ficou mais apressada, se o coração bate mais rápido, se se sente inquieto, pronto para pular no pescoço de alguém. Tente dar uma caminhada, conversar com alguém em quem confie. Meditação, relaxamento, yoga e, claro, oração, reduzem - e muito - a raiva e o ódio.
Exercitar de maneira mais sistemática faz muito bem e reduz raiva e ódio. Vale a pena tentar e há muitos outros benefícios colaterais.
Há alguns terapeutas especializados no controle da raiva e do ódio. Os poucos dados que existem sugerem que terapias competentes dão resultado.
Sobretudo, lembre-se: raiva e ódio fazem mal a quem os sente.